More

    Os benefícios da criação do serviço eFootball

    Com o fim da saga Pro Evolution Soccer (PES), O FIFA, da EA Sports, se tornou o único game de futebol pago disponível nas lojas, uma vez que a Konami criou um serviço gratuito chamado eFootball para substituir a franquia japonesa. Apesar de ter sido recebido por uma enxurrada de críticas pelos gamers, o eFootball veio para atingir outro tipo de público. O de menor poder aquisitivo.

    Desde o lançamento dos consoles Xbox One e Playstation 4, os jogos de futebol sofrem com o aumento de preço. Principalmente por conta de que todo ano é lançado um novo, as publicações anuais faz com que muita gente não consiga ter acesso ao game do esporte mais famoso do mundo.

    A partir de 30 de setembro de 2021, com o lançamento do eFootball 2022, o cenário mudou. Muitas crianças começaram a ter a possibilidade de brincar e se divertir com seus celulares ou tablets. Vale ressaltar que o serviço da Konami também está disponível para usuários de celular, conhecido popularmente como mobile. Há quem diga que o fim da rivalidade direta é prejudicial para os gamers, visto que pelas leis do comércio, a concorrência de mercado faz bem aos consumidores, porém nesse caso, não é verdade. 

    Nos últimos anos, a disputa agressiva entre EA Sports e Konami começou a atrapalhar a vida do gamer. Tanto dos mais pobres, como dos mais ricos. Até o último Pro Evolution Soccer, que foi em 2021, a empresa natural de Tóquio não poderia contar com gigantes clubes do futebol inglês como Arsenal, Chelsea, Manchester City, Liverpool, Newcastle, entre vários outros. Os times eram nomeados de forma genérica como North London, London FC, Man Blue, Merseyside Red e Tyneside respectivamente. Já o Fifa, após anos de negociações, conseguiu chegar a um acordo com a UEFA, tomando e retirando os direitos totais da Liga dos Campeões da Europa da empresa rival, tal acontecimento fez com que a Konami perdesse muito de seus usuários, uma vez que apenas o Campeonato Brasileiro e a Liga dos Campeões da Ásia ainda possuem contrato de exclusividade com a empresa japonesa.

    Mesmo com esse grande domínio com as grandes ligas do mundo, a EA teve a hegemonia de licenças atrapalhada pela Konami que assinou contratos e direitos com clubes específicos, como o Barcelona, Bayern de Munique, Juventus, AS Roma, Lazio, entre outras equipes. Todas elas não podem ter seu estádio dentro do FIFA 20, gerando uma grande falta de imersão aos usuários que utilizam essas equipes durante a jogatina. No caso dos últimos três clubes citados, a queda de realismo foi ainda maior, já que esses times italianos também não possuem seus nomes, uniformes e emblemas originais ligados aos games de 2020, 2021 e 2022 da empresa norte-americana. Nesses jogos, eles são denominados como Piemonte Calcio, Roma FC e Latium respectivamente.

    No resultado final, para ambas as empresas o encerramento da franquia Pro Evolution Soccer traz um saldo positivo. Para a EA, retirar do caminho uma das grandes pedras no sapato e obter um alívio financeiro é fundamental para continuar trazendo a cada ano bons jogos de futebol. Já para a Konami, o fato de não querer se submeter à clara derrota que o público decretou há uns bons anos, fez a própria empresa criar um serviço que ajuda no combate à desigualdade social no acesso aos games. Além de voltar a ter tempo e recursos para  investir em remakes de games de grande sucesso, fora do âmbito futebolístico, como a aterrorizante saga Silent Hill.

    jushiro
    jushiro
    21 anos - apaixonado por futebol e um modesto consumidor de jogos eletrônicos. Acredito que os videogames não são mais passatempos ou brinquedos como eram vistos antigamente, eles se tornaram uma ferramenta muito prestadia para a educação e o aprendizado. Como jornalista, os games de futebol serviram de base para o conhecimento de elencos, táticas, históricos de atletas, clubes e seleções. Além disso, eu adoto a ideia de que todas as classes sociais deveriam ter acesso ao mercado de games ou seja, ter acesso a este método de educação.

    Related articles